6 de abr. de 2010

Decisão, Estalo repentino

Bem, é o quê dizem, as melhores idéias e inspirações aparecem nos momentos realmente que não os esperamos e a minha chegou. Pode até ser tomada como uma frase de clichê, mas não posso negar que isso realmente aconteceu, deixando minha mente atolada de esperanças, felicidade e vontade de alcançar um objetivo. Foi assim que tudo começou, há 1000 anos congelados conhecido como inconsciente.

Caminhando pelas estradas vagas desse que os conta, me encontro perante uma porta, onde o quê nos separa é apenas um corredor, me aproximo e tento olhar pela fechadura, é uma porta branca, com um tom bem sereno e está bem limpa. Curioso como sou, tentei varias investidas para ver se conseguia enxergar alguma coisa, mas tudo era em vão, foi então que escuto um grito dizendo: Amanda! Sim, foi o que ouvi, parecia o nome de alguma mulher que ali residia em um tom mais intenso ela continuava dizendo: Amanda! Achei estranho, mas interessante, me pus a observar e mais uma vez olhar pela fechadura, agora com êxito. Quando vi encontrei um homem, que parecia está falando com a dita cuja Amanda, só que não vi a presença da mesma, ele parecia nervoso e começou a brigar como se estivesse a ponto de enlouquecer, e nada da pobre se manifestar. Cara ele é louco!. Eu pensei, mas não existe ninguém ali, até onde observo. Continuei a olhar para ver se conseguia entender oque se passava, até então uma incógnita. Vocês devem pensar: Nossa que bisbilhoteiro, não tem mais nada pra fazer, é pode até ser, mas quando você está mergulhado em uma intensa e incontrolável reflexição, você quer saber de tudo como um curioso nato, com sede de saber; em um estalo repentino a porta se abre e tudo parecia tão escuro e vazio. Quando me  dei conta, estava a assistir um filme na TV. Achei intrigante, pus-me a ver e, como um ato de simbiose, estava ligado de tal forma a minha mente e ao filme, no qual despertou essa porta até o momento sem sentido para mi; vamos à exploração.

Assisti ao filme inteiro, vi que coisas semelhantes ao personagem haviam acontecido comigo, e cheguei a conclusões avassaladoras, quando novamente me dei por mim, estava novamente de cara para a porta branca, só que dessa vez ninguém gritava por Amanda. Tentei abrir, ouvir, olhar, só que tudo estava escuro e em silêncio, como em completo vácuo existencial. Como se estivesse morrendo, as memórias traumáticas de a 1000 anos atrás estavam voltando, mas como uma vez ouvi na psicologia, não os estava vivendo novamente. Olhando para todos os acontecimentos, o meu estado envelhecido em um corpo jovem parecia cada vez mais visível perante minhas visões claramente impossíveis de existir em um ambiente normal, olhava tudo, mas parecia não olhar nada, algo se recusava a ver, e tentar entender. Percebi que ali se encontrava o garoto que um dia eu fui, encostado do outro lado do corredor, murmurando palavras que não podia entender, tentei me aproximar para poder compreender melhor, foi tudo em vão. Quando cheguei vi que ele havia sumido, só que as palavras que eu havia profanado estavam se repetindo perto do meu ouvido apertando minha nuca com um gélido suspiro, olhando rapidamente vi que era o garoto, só que com uma cara totalmente desiludida, triste e chorona, me assustei e fui para o canto do corredor, ele repetiu. - Foi tudo em vão... Aparentemente não fazia sentido o que ele dizia só que, mi'alma brinca de Deus comigo, jogando explicitamente na minha cara oque realmente queria que eu entendesse, como um acusador cruel perante o tribunal do juízo final. Vi que ele tinha razão vi que o que ele dizia foi algo que eu disse para mim mesmo, há muito tempo só não queria recordar, foi então que definitivamente ele sumiu.

Encontrando-me novamente só, eu criei coragem para mais uma vez mergulhar no que me afligia e me congelava no tempo e espaço todos esses anos, estava na hora de encarar de frente, estava na hora de decidir se ainda valia a pena permanecer nessa posição defensiva e pessimista, nossa, o que um filme pode fazer com você quando se está totalmente desavisado, coisas do não imaginável creio eu.

Lá me encontrava, perante aquela situação que mudou os rumos do meu sentido de viver e ver as coisas, aquele maldito amor mau vivido e mau resolvido. Vendo a cena, eu indaguei para alguém que não estava lá: O quê você faria se você acreditasse que ama alguém de tal forma que nunca havia sentido, você a conquista, sai da sua posição confortável dentro do seu mundo, para se aventurar em um que parecia está de braços abertos para você, você cancela um pouco a sua aura negra natural da sua personalidade, para dá espaço a uma que parecia ser singela e pura, para no fim da noite descobrir que ela só estava contigo porque se sentia só e você foi o mais carinhoso e sincero que apareceu, e descobri que você gastou 15 reais antes disso acontecer, porra é de lascar. Continuei observando, dessa vez com o olho de quem ver tudo por fora. Personalidade fechada, o guri sofreu tudo sozinho e guardou para si e sua mãe não havia percebido nada quando retornou para casa, o resto não preciso saber, ou melhor, não preciso "reviver" para achar o real sentido daquilo está acontecendo.

Rapidamente, estou novamente no maldito corredor com a porta branca, dessa vez ela estava aberta. Flashes do filme pareciam vagar como lampejos pelo quarto, onde me fez ver um ponto, havia uma cadeira vazia com uma janela com visão para um edifício grande.

Sentei na cadeira e olhei para fora de uma maneira pensativa, seria e serena. Ouvi uma segunda voz, chamada Vitoria, ela parecia chorar, procurei pelo quarto mas não a encontrei, os prantos pareciam não cessar, de repente, tudo ficou escuro. Acordando em um quarto, negro, diga-se de passagem, havia uma mulher em prantos, parecia que ela estava chorando por mim, quando fui tentar me levantar, tudo some, de maneira igual a raios em forma de chicotada, só que dessa vez, não voltei para o corredor, estava em uma rua com uma garrafa acesa. Olhando fixamente para aquilo encontrei um papel escrito: Eu te amei, mas você parecia não está aqui, parecia perseguir algo que não existe... Mesclei facilmente o que aquilo queria me dizer com os devidos momentos relacionados, é, tinha toda razão, tudo parecia se encaixar, foi o que apareceu de maneira surreal a minha frente.

Persegui um amor por 2 anos que não existia mais, que se apresentava para mim com um garoto que havia desistido de investir em si mesmo e no mundo, máximo que conseguia fazer era continuar sobrevivendo e pensando no que isso poderia levá-lo. Há Amanda, era o fantasma da mulher que um dia eu amei, e ainda batia como  uma louca em minha cabeça e a porta só a estava guardando, e Vitoria, há Vitoria, como fico triste em perceber o que tanto tempo eu levei pra descobri. Vivi tudo isso, preso a Amanda que não pude notar que você estava ali, apenas esperando ser percebida por mim, e então dizer com vontade que gostava de mim, que gostaria de cuidar de mim, que gostaria de se tornar minha... Uma lagrima me escorreu, mas com um belo sorriso.

Tudo isso aconteceu, de maneira metaforica em meu ser, para mostrar para mim mesmo que preciso continuar e que já estou recuperado, posso mais uma vez tentar, meu ser original pede enloquecidamente para voltar a coexistir com meu exterior e dizer, estou completo.

Há, o que um filme não faz com você. A emoção volta e o coração também, que o amanhã reserva para mim? Bem, não me interessa muito, eu estarei bem, esperando pacientemente por ele.

2 comentários:

L'ô! disse...

Nuss tio! tua criatividade me deixou surpreza!
fazia tempo q eu não lia algo assim!
realmente muuuuuuito bom!
um xeruh!

@haakel disse...

que tenso..

nuss, da pra tu ser escritor de novela hm'..
serio. shauhsahs da pra tu converter isso, e te digo com toda a certeza, essa hist ta melhor do que a dramatorgia de viver a vida..
\o/
parabéns emerson..
ps: cara, tu supera =B

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