10 de jan. de 2011

Capitulo 4

O irmão matou o seu parente mais próximo no ciclo de linhagem carnal de sua família. A maldição era pouca para aquele que um dia desejava ser o mais amado, apenas o que lhe restou foi arrependimento e dor, em um mundo que o condenava a cada esquina que lhe perpassava, como a lamina do mais astuto dos assassinos. Essa noite, não se encontra aqui a serpente, para pode dominar o seu coração de inveja e ganância, mas o que se encontra é um coração amargurado, velho e sedento de rancor.

Mate, é sua única forma de sobreviver no mundo jogado para fora do ambiente mais suave e hospitaleiro que um dia foi chamado de lar. Para longe você irá, e não saberá para onde, apenas irá, vagará como as sombras vagam diante do sol e se consomem dentro da fria e escura noite, vá para onde os olhos daquele que te criou não o possa enxerga e perceber que fores um erro, apesar de ser mais triste para seus pais.

Envelhecer sozinho não seria um castigo digno, por que a ira do criador se pos perante você Cain, que até então não pode ser morto, ou será vingado sete vezes. No êxodo de sua peregrinação, nenhum ser poderá toca-lo, apenas aquele que mais irá te perturbar, que é a sua indigna alma de homem pecador. O primeiro dos grandes pecadores, o primeiro a tirar a vida de um dos seus semelhantes. Aquele que merece o capitulo 4 de uma historia, que se perpassa em criação, formação, admiração e depreciação.

Aonde chegará o seu tão amargurado coração oh, pai dos Assassinatos? Espero que não vá ao inferno, estão sedentos para mastigarem o seu coração infame e sua alma dilacerada.

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