26 de abr. de 2011

Um pensamento lido, um pensamento escrito.

Esta musica me faz lembra, tudo aquilo que um dia eu quis e não pude ter; é essa musica mesmo, aquela do tempo da minha fase de descobertas, a fase de conhecer o mundo, aquela fase onde tudo é bonito e interessante, onde não existe espaço para o velho. Da musica surge a personificação do desejo; aquela garota que fica sentada lá naquele canto e não dá nem bola para você. A musica que me faz entrar em um clima de filme acompanhado da minha própria trilha sonora, sem a garota saber que está na trama. Bons tempos, eu diria. Acho que foi daí onde tudo começou.


Sabe aquele lance de complicada e perfeitinha que uma outra musica um dia disse, lá na década de 90? Pois é, pura balela, pelo menos para o que vivi. Apesar da catástrofe ter sido imensa, e as memórias dolorosas de um ato estarem sempre na sua mente, você procura seguir em frente.

Deve ser um saco, contar sempre a mesma historia para uma pessoa que já viu muito dessa cena, só que dessa vez com um elenco diferente, mas infelizmente é o que vivi. É engraçado, por que como um dia vi em uma das aulas de psicologia, especificamente nas aulas de psicanálise, que tendemos a escolher sempre o mesmo modelo de objeto de amor, e não é que é verdade.

Mas parto do seguinte pensamento. Já identifico que gosto de tal objeto, não consigo deixar de gostar, o que farei? Dá um jeito de lidar com isso, a vulga frase que ouvi de um professor de humanismo: Não importa o que fizeram com você, mas sim, o que você faz com o que fizeram com você.

Apesar disso tudo, me sinto atraído, por esse jeito tão diferente, ao mesmo tempo perigoso, e confuso muitas vezes, esse jeito complicado de ser. Qual seria o sentido da queda se não fazer- nos aprender a levantar, o que seria da dor e do medo, se não pudéssemos aprender a superá-los?

As vezes tudo isso é muito chato, cansativo, mas é o que faz aquecer o meu coração. A sina da dor entrelaçada com o prazer de está ao lado ou observando aquele que se tem algum afeto.
Amor não é algo tão comum assim e muito menos um ideal romântico, o romântismo é um ideal baseado no amor que não faz nenhum sentido se não faz sentido para aquele que sente tal coisa. Acho que não iram entender bem o que quis dizer ali, mas enfim.

Um amigo meu me perguntou uma vez, por que gostamos tanto das complicadas? E realmente é algo mais complicado ainda tentar explicar. Acredito eu, seja o interesse que desperta em cada um, vendo naquela pessoa o diferencial que não vemos em mais ninguém. O valor subjetivo, o afeto e a compreensão daquilo que não se pode dizer bem nas palavras, acho que é a grande chave desse interesse. Após isso, só sei que rimos e achamos graça do nosso próprio fardo (ou benção).

Há sempre pontos negativos, e que no fim vamos lapidando e descobrindo se é realmente tudo aquilo que nos atraiu, mas creio que, talvez, até o fim da minha vida, eu vá encontrar mulheres que possam ser assim, e outras nem tanto, mas nenhuma delas vão marcar tanto quando as ditas “complicadas”, é serio...

No corredor próximo de alguma esquina, eu vou sempre me lembrar dos momentos, e ver que a vida não é apenas viver por alguém e sem ela nada mais tem razão de ser, mas sim ver que um dia eu tive o prazer de viver e sentir a satisfação de te- la ao meu lado, independente do momento, por quê, querendo ou não, você escolhe os sentidos que dá para aquilo que sente, mas acima de tudo você irá sentir, a razão apenas mudará de foco.

Ah sim, já ia me esquecendo, a musica acabou, e a reflexão também. Pensar é assim, apenas as palavras fluem daquilo que se está interessado no momento, alguns colocam no papel, outros falam, outros simplesmente, pensam. E você, o que será que está pensando hoje, que faz você viajar por dentro de si mesmo? Fica a duvida no ar.

Até.

3 comentários:

Anônimo disse...

O amor (ou paixão)são sentimentos que algumas pessoas acreditam que estejam assentados na classificação de características físicas e do Carácter ou qualidade da pessoa. Classificação que significa atribuir valores.
Quando vc diz sobre a tendência de sempre escolher o mesmo modelo, isso pra mim remete ao peso que vc dar para certos atributos pessoais, ou seja, o gostar das "complicadas", significa a sua atração pelos traços da pessoa que a classifica como complicada,no qual vc dar um maior peso a essas características tornando-o propenso a escolher esse modelo de garota.
Mas o que eu acabei de falar aparenta uma idéia muito racional do amor e da paixão, algo que na realidade não é tão simples assim, envolvendo outras faculdades mentais nossas.

Emerson disse...

muito bem citado, claro n é só essas faculdades mentais, mas vc está certo no seu comentario=]. Até

Unknown disse...

É interessante tudo o que se aprende a cada dia vivido. A cada dia que se acorda disposto a viver. Onde a cada posto que se para por dia tem uma lição a ser dada e que só nós sabemos se absorvemos ou abduzimos a "lição" por hora dada. Cabe a nós pensar em nossas proprias consequencias já que a escolha é nossa; Nossos amores e desamores sempre nos ensinarão que amar é amar não importando se será um amar de 10minutos ou de 10 anos. Utilizamos nosso aprendizado para o bem ou para o mal? O otimismo, para vivermos bem ou pessimismo acaba por nos proteger?

Acabamos refêns de nossas próprias escolhas.
A cada dia uma coisa nova!

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